Odor de cloro na piscina!?

10 mai

Odor de cloro na piscina!?



Odor de cloro na piscina!?

Quando adicionamos derivados clorados, havendo agentes nitrogenados na água da piscina, são formadas as cloraminas (monocloramina, dicloramina e a tricloramina). Esses compostos são resultantes da reação incompleta da amônia presente nos agentes nitrogenados com o ácido hipocloroso (HClO).

Usualmente atribui-se ao cloro o cheiro típico das piscinas. O tal odor de cloro é, no entanto, resultado da presença das cloraminas no ar ambiente (NICKMILDER, BERNARD, 2007; HERY, GERBER, HECHT, et al., 1998). Por serem substâncias extremamente voláteis, as cloraminas formadas na água evaporam-se facilmente, passando para o ar ambiente. A tricloramina (NCl3) é a mais volátil das cloraminas, e por isso, a mais prejudicial à saúde, porque se difunde facilmente pelo ar atingindo o sistema respiratório humano e provocando reações alérgicas no trato respiratório superior e inferior (RZNISKI, 2008).

A tricloramina é de 100 a 300 vezes, respectivamente, mais volátil do que a dicloramina e a monocloramina (BELEZA, COSTA, 2005).

Portanto, o chamado “excesso de cloro identificado nos recintos de piscina, com odor irritante, é de responsabilidade das “Cloraminas”.

cloro residual livre, mesmo em residuais até 20 ppm não tem cheiro; enquanto o cloro residual combinado (cloraminas) em níveis de 0,1 a 0,2 ppm já apresenta odor forte e irritante (LISBOA, 2004; BOWNAN, 2007; BARRIE, 2018).

A OMS (Organização Mundial da Saúde), estipulou um valor máximo de < 0,5 mg/m de tricloramina no ar do recinto (SCHODORF, 2009).

O American National Standards Institute (ANSI) recomenda os seguintes parâmetros para o teor de cloro combinado (cloraminas) na água da piscina:

- mínimo: 0 ppm

- ideal: 0 ppm

- máximo: 0,2 ppm

 

Saiba mais sobre esses assuntos nas literaturas abaixo:

1.       MAIERÁ, Nilson – Piscina, litro a litro. 2ª Edição Revista e Ampliada, São Paulo, 2009. Páginas: 19.6 e 24.2

2.       MACÊDO, Jorge Antônio Barros de – Piscina, Água & Tratamento & Química. 2ª Edição Revisada e Atualizada, Minas Gerais, 2019. Páginas: 228 e 344.

 

Todos os autores citados acima estão presentes nas referências bibliográficas do livro: Piscina, Água & Tratamento & Química - MACÊDO, Jorge Antônio Barros.

Créditos: Arte inspirada no site: chemistryviews.org



Ricardo Cimas

Ricardo Cimas

Químico Responsável
CRQ IV n° 04270250